PROTESTOS NO EGITO

UM (FALSO) SONHO DE LIBERDADE

Para entender porque o que está por vir no Oriente Médio afetará o Mundo todo.

Jovens de jeans parecem não perceber que as Burcas as esperam.

Um detalhe lamentável nesta questão egípcia é percebermos a ingenuidade de muitos dos jovens envolvidos nos protestos. Há um quê de catarse no ar, como se estivessem a ver surgir os primeiros raios de uma fulgurante era de liberdade, amor e paz. Jovens a twittar e mocinhas envergando a última moda em jeans – algumas surpreendentemente maquiadas – me trazem à memória tantas outras efêmeras comemorações que aconteceram em países próximos a mergulhar nas trevas do fundamentalismo islâmico.

Meu lamento estriba-se no fato destes jovens (e grande parte do Ocidente) não se darem conta do preço que a sociedade egípcia terá que pagar à principal “financiadora” destes protestos, a famigerada organização islâmica “Jamiat al-Ikhwan al-Muslimun”, que traduzido significa “Sociedade de Irmãos muçulmanos”.

Mais conhecida como “Irmandade Islâmica”, a organização foi fundada em 1928 por um radical islâmico chamado Hassan al Banna. No início do Século passado, com a queda do Império Otomano, o Oriente Médio respirava ares das mudanças e Hassan al Banna conclamava os egípcios a se oporem àquilo que ele chamava de “tendências seculares das nações islâmicas”. O objetivo de al Banna era fazer com que os muçulmanos retornassem aos ensinamentos do Alcorão, rejeitando as influência ocidentais.

O lema do grupo é singular. Diz tudo e um pouco mais: “Allah é o nosso objetivo, o Profeta o nosso líder, o Alcorão a nossa lei, a Jihad o nosso caminho e Morrer por Allah a nossa maior esperança”.

Curiosidade: Os ideais desta organização já inspirou uma revolução semelhante em meados do século passado. Conheça mais sobre isso assistindo o filme abaixo.

5 comentários sobre “PROTESTOS NO EGITO

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