A ORIGEM DO ANTISSEMITISMO DE CRISTIANO RONALDO

A mentira começou em 2013, com uma foto tirada na varanda de um hotel de Tel Aviv. Ou melhor, a mentira começou há muito mais tempo, lá no Jardim do Éden, pois “o pai” disso tudo é ele mesmo, o diabo.

Em 22 março de 2013 Portugal enfrentou Israel em Ramat Gan, como parte da Fase de Grupos das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O jogo terminou 3 X 3 e Israel foi desclassificado.

Até aí, tudo normal, se é que podemos dizer que o fato da FIFA obrigar Israel a disputar as eliminatórias com seleções da Europa e não do Oriente Médio é normal.

Um dia antes, Cristiano Ronaldo usou o Facebook para postar uma foto ao lado de Sá Pereira, Miguel Veloso e Pepe na sacada do hotel em que estavam hospedados, em Tel Aviv.

Até aí, tudo normal, se é que podemos dizer que o fato de uma pessoa não poder dizer o nome do país em que se encontrava é normal.

E foi aí que começou a confusão. Cristiano Ronaldo colocou como legenda a frase: “Grande manhã em Israel com meus colegas”. Centenas de seguidores antissemitas do craque passaram a recriminá-lo por dizer “Israel” e não “Palestina”.

No dia seguinte, após o jogo, correu um boato dizendo que Cristiano Ronaldo não trocou a camisa com um jogador de Israel que veio em sua direção. E como complemento, o português teria dito que “não trocava camisas com assassinos”.

Na verdade, quando terminou o jogo, Cristiano Ronaldo trocou cumprimentos com diversos jogadores israelenses e o jogador a quem ele supostamente teria recusado trocar camisas era o português João Moutinho, que já vinha com uma camisa de Israel na mão. Ronaldo havia prometido a camisa a um fã e cumpriu a promessa.

E esta não foi a primeira nem a última vez que ele saiu de campo desta forma. No final do jogo contra a Islândia, no Euro 2016, o lateral-direito Aron Gunnarsson pediu-lhe a camisa, mas como Cristiano seria um dos jogadores entrevistados na zona-mista, ele prometeu a Gunnarsson que lhe daria depois, no vestiário.

É também bastante popular a imagem de Cristiano Ronaldo segurando um cartaz onde pode-se ler “Todos Con Palestine”. Mentira. Trata-se de um Photoshop grosseiro de uma de uma sessão de fotos após o terremoto de Lorca, quando o time do Real Madrid segurou um cartaz dizendo “Todos Con Lorca”.

Em 2015, uma nova “manifestação”, Cristiano Ronaldo aparecia com a camisa do Real Madrid levantada e sobre ela a imagem de um terrorista árabe acompanhada da frase “Palestina Livre”. Mentira. Cristiano de fato levantou a camisa, mas lá estava escrito “Madeira”, a ilha onde nascera e onde estava a decorrer um incêndio de grandes proporções.

Há, entretanto, uma foto que aparentemente não é montagem. Nela, Cristiano Ronaldo aparece ostentando o cachecol esportivo palestino e não aqueles usados por grupos terroristas árabes. No canto inferior do cachecol é possível ver o símbolo da Federação Palestina de Futebol e o senhor que está ao seu lado é Jibril Rajoub, o chefe da Federação.

Aparentemente, Cristiano Ronaldo foi pego no meio de uma festa da FIFA e os árabes pediram-lhe para tirar uma foto, bem no estilo “papagaio-de-pirata”.

Não há, oficialmente, nenhum apoio do craque português a nenhuma instituição ou movimento político-terrorista palestino. Mas Cristiano Ronaldo investiu imenso tempo – e para ele tempo é (muito) dinheiro – para ir até um estúdio e gravar, gratuitamente, um comercial para o Magen David Adom, que é o correspondente judaico da Cruz Vermelha ocidental.

Neste comercial, Cristiano Ronaldo, que é um notório doador de sangue, conclama as pessoas a doarem sangue e dinheiro ao serviço israelense de socorro. E é desta forma que Cristiano Ronaldo manifestou publicamente seu apoio aos palestinos, afinal de contas mesmo sendo uma instituição israelense, a Magen David Adom é responsável pelo atendimento anual a centenas de árabes-israelenses.

Pelo que se pode ver, o maior agente antissemita do mundo neste momento é o Photoshop. Este programa da Adobe tem se tornado no maior produtor de “verdades anti-Israel” de todos os tempos. Se observarmos bem, mais de 90% do que dizem de negativo sobre Israel passa pelos sofisticados filtros deste programa. Enquanto os outros 10% estão claramente impregnados de exageros.

ANDS | MAGEN DAVID ADOM

2 comentários sobre “A ORIGEM DO ANTISSEMITISMO DE CRISTIANO RONALDO

  1. Queridos, têm de ir a um dicionário ver a definição de anti semitismo, parece-me que não a têm presente.

    Os vossos avós ficariam desolados com tal uso descabido da palavra, ainda mais se vissem as condições que impõe sobre a Palestina.

    Somos todos iguais, e quem se esquece disso e crê que merece tratamento mais digno do que outros com base em credo, etnia ou nacionalidade segue precisamente o raciocino Hitleriano.

    Espero que se arrependam em breve, o relógio faz tic, toc…

    Boas.

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    • Primeiro: Embora o termo “antissemitismo” – semanticamente falando – se aplique a sentimentos de ódio nutrido aos povos hebreus, arameus, fenícios, árabes e assírios, é de uso corrente utilizá-lo mais em relação aos judeus. Conhecemos sim o sentido da palavra e sabemos que algumas correntes querem sim dizer que Cristiano Ronaldo é antissemita, o que é uma falácia, conforme a matéria acima esclarece. Segundo: “Os nossos avós” não “ficariam desolados” com as “as condições que impõe sobre a Palestina”, porque as condições da minúscula Faixa de Gaza, a original e real Palestina, são “impostas” não pelos seus netos, mas sim pelos líderes dos povos árabes que lá residem. Terceiro: Não, não somos “todos iguais”, pois a liderança árabe residente na antiga Palestina tem o objetivo “hitleriano” de acabar com todos os judeus, enquanto a liderança judaica residente na Terra de Israel restaurada, lança mão de todos os esforços para integrar os árabes na cultura judaica local. Esperamos que tenhas entendido, pois o relógio faz tic, tac…

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