A DECADÊNCIA DO PAPA

FRANCISCO ANUNCIA ACORDO ÁRABE-VATICANO

Pope Francis and Mahmoud Abbas

O Vaticano anunciou neste sábado, 2, a entrada em vigor do acordo assinado entre a chamada Santa Sé e a Autoridade Palestina. No seu ponto principal, o acordo visa unir vaticanistas e árabes residentes em Israel na defesa da ideia de “dois Estados”. Autoridades católicas anteciparam que um dos objetivos é “reconhecer uma Palestina independente”.

Com o ambicioso desafio de mediar uma “solução negociada e pacífica para o conflito na região”, o acordo hoje anunciado inclui um preâmbulo e 32 artigos, nos quais se abordam “aspectos essenciais da vida e da atividade da igreja na Palestina” (sic), indicou o Vaticano, num comunicado.

O acordo foi assinado no passado dia 26 de Junho e apoia a solução de “dois Estados”, indicou na época um porta-voz eclesiástico. Quando revelou o conteúdo do acordo, o Vaticano estimou que poderá ajudar ao reconhecimento de uma Palestina “independente”.

O texto dá seguimento ao Acordo de Base firmado pela Santa Sé e pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em 15 de Fevereiro de 2000 e é resultado das negociações desenvolvidas por uma comissão de trabalho bilateral durante os últimos anos.

Quatro meses depois de ter assinado o acordo com a Santa Sé, os palestinos voltaram à mesa de negociação, desta vez nos Estados Unidos, quando firmaram os acordos de Camp David, em Julho daquele ano.

De nada valeram as assinaturas de Yasser Arafat, na época líder da OLP, nos documentos apresentados, pois em Setembro daquele mesmo ano os palestinos iniciaram a Segunda Intifada contra os judeus israelenses.

No dia 27 de Setembro de 2000, militantes da OLP assassinaram um colono judeu no assentamento israelense de Netzarim dando início ao caos.

O longo conflito estendeu-se até o dia 5 de Fevereiro de 2005, terminando por ocasião da conferência de paz de Sharm el-Sheikh.

Ao final, 1.074 judeus estavam mortos, sendo que 773 eram civis.

Este foi o resultado dos “acordos de paz” que estão na base do acordo anunciado na tarde deste sábado pela Santa Sé.

O documento hoje divulgado não limita-se apenas à pretensão do Papa de mediar a criação de um Estado Palestino na região, mas também anuncia regulamentos do funcionamento da igreja católica na Judeia e Samaria, como o regime fiscal das suas propriedades e a anexação de serviços, como o militar, para o seu pessoal.

Além disso, abrange os lugares santos e confirma que o conceito de “santidade” é “fonte de obrigações para as autoridades civis”, em relação com a “autoridade e a jurisdição canônica” da igreja católica.

Ao afagar terroristas, Francisco corre o risco de afogar o seu pontificado.

ANDS | OBSERVADOR

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